O olho seco é uma das causas mais comuns de dor nos olhos. O incômodo surge gradativamente e vai se tornando mais intenso, com a sensação de secura, areia, corpo estranho ou queimação nos olhos. Pode haver ainda fotofobia, embaçamento da visão e olho vermelho. O problema mais comum é causado pela falta de lubrificação ocular adequada resultante do excesso de evaporação de lágrima (chamado de olho seco evaporativo). Algumas doenças neurológicas podem agravar a condição, principalmente por interferir com o piscamento. Na maioria das vezes, o uso de colírios lubrificantes e a mudança de alguns hábitos são suficientes para reduzir os sintomas. Alguns tipos de olho seco podem se associar a doenças reumatológicas e necessitar de tratamentos específicos com colírios anti-inflamatórios e até tratamento cirúrgico.

O glaucoma é uma doença que tem como principal fator de risco o aumento da pressão no globo ocular, o que leva a danos no nervo óptico e à diminuição progressiva da visão. Na maioria dos casos, trata-se de uma doença assintomática e silenciosa. Porém, nos casos de glaucoma de ângulo fechado, o paciente pode apresentar dor intensa nos olhos, olho vermelho, visão turva e alteração da pupila associada a um aumento agudo da pressão intraocular. A dor pode ser tão intensa que pode provocar náuseas e vômitos.

A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva (membrana que recobre a parte branca do olho) causada por alergias ou infecções que podem ser de origem bacteriana ou viral. Entre os sintomas mais comuns, podemos citar dor nos olhos e vermelhidão, fotofobia (sensibilidade à luz), coceira, ardor, lacrimejamento constante, secreções e sensação de areia nos olhos.

A enxaqueca é um dos diversos tipos de dor de cabeça, marcada por uma dor intensa e pulsante que pode acometer apenas um lado ou ambos da cabeça. Muitos pacientes sentem a dor de cabeça da enxaqueca atrás ou ao redor dos olhos e das órbitas, gerando a impressão de que se trata de alguma doença oftalmológica. Além de ser uma das causas mais comuns de dor ocular, a enxaqueca é um motivo muito frequente de fotofobia. A dor ocular e a fotofobia podem persistir mesmo nos intervalos dos ataques de enxaqueca. Pacientes com enxaqueca crônica também podem manifestar sintomas de olho seco.

Ataques de enxaqueca podem ser precedidos ou acompanhados de fenômenos visuais cintilantes ou manchas na visão. Os distúrbios visuais costumam ser transitórios.

É uma forma especial e rara de dor de cabeça que ocorre de um único lado e apresenta entre seus principais sintomas a dor no olho, além da dor intensa na cabeça. Também podem ocorrer do lado da dor: lacrimejamento, coriza nasal, queda da pálpebra superior (ptose), redução do tamanho da pupila e alteração da transpiração no lado da face acometida.

É um quadro de dor na face ocasionado por lesão ou disfunção do nervo trigêmeo, responsável pela sensibilidade facial. É caracterizada por dor aguda, forte e súbita no rosto e pode ser confundida com dor nos dentes e dor no olho. Na maior parte das vezes, é unilateral e dura poucos segundos. A dor pode recorrer várias vezes ao dia.

O uso incorreto das lentes pode levar a inflamações e infecções nos olhos, que causam, além de vermelhidão e coceira, dor ocular.

A sinusite é uma inflamação que ocorre nos seios paranasais. São sintomas característicos: dor de cabeça, sensação de peso no rosto, corrimento nasal e dor ao redor ou atrás dos olhos ou na face.

Uma dor muito forte nos olhos é um dos principais sintomas da ceratite, uma infecção que afeta a córnea. Além da dor ocular, podem surgir outros sintomas, como vermelhidão nos olhos, ardor, lacrimejamento, dificuldade para abrir os olhos, visão turva e sensibilidade à luz.

A neurite óptica é uma inflamação do nervo óptico. É uma condição que surge com frequência como primeira manifestação de esclerose múltipla, entre outras doenças. Seus sinais e sintomas característicos incluem dor no olho acometido, alteração na percepção das cores e diminuição ou perda da visão de forma aguda. A dor no olho não costuma ser severa e pode piorar durante a movimentação dos olhos.

A órbita pode ser alvo de processos inflamatórios que podem provocar dor nos olhos. A orbitopatia inflamatória é uma doença que pode acometer músculos extraoculares e seus tendões, a gordura que preenche a órbita, a glândula lacrimal, a esclera e a bainha do nervo óptico (espécie de “capa” que recobre o nervo óptico). Sinusites perto da órbita podem causar celulite orbital. Nestes casos, além da dor nos olhos, há sinais inflamatórios, como olho vermelho, inchaço nas pálpebras, limitação para a movimentação do olho, embaçamento da visão e olho saltado.

Atrás da órbita existe uma estrutura chamada de seio cavernoso, por onde passam muitos dos nervos que chegam até os olhos, bem como vasos sanguíneos importantes (como a artéria carótida interna). Inflamações nessa localização podem gerar dor nos olhos e paralisar a movimentação do olho, resultando em estrabismo.

A síndrome de Horner é uma das causas de anisocoria (diferença de tamanho entre as pupilas). Suas características principais são a queda da pálpebra superior (ptose) e a redução do tamanho pupilar (miose). Quando surge repentinamente e é acompanhada de dor nos olhos, na face ou no pescoço, representa uma urgência médica, tendo-se que afastar, nesta condição, a possibilidade de dissecção da artéria carótida interna (uma separação das camadas da parede vascular, que leva a problemas circulatórios para o cérebro e o olho).

É uma doença que ocorre mais nos idosos e resulta da inflamação de algumas artérias cranianas. Uma delas é a artéria temporal superficial (que fica na região das têmporas). Quando inflamada, gera dor local que pode irradiar para a região dos olhos e assim pode ser referida pelo paciente como dor nos olhos. Outra manifestação da arterite temporal é a neuropatia óptica isquêmica arterítica, que causa perda da visão repentina e severa por isquemia do nervo óptico.

Trata-se de dor nos olhos geralmente acompanhada por sensação de olho seco, embaçamento visual e, às vezes, visão dupla. Surge no uso prolongado do computador, tablet e celular e está relacionada ao esforço sustentado da visão para perto e à fadiga. Os sintomas podem ser agravados pela falta do uso de óculos (para quem precisa) e desequilíbrios da movimentação ocular.