Como é realizado o diagnóstico de anisocoria?
O diagnóstico de anisocoria é importante porque a diferença entre as pupilas pode ser resultado de outras condições médicas mais sérias, como por exemplo:
- Trauma de crânio;
- Enxaqueca;
- Síndrome de Horner;
- Pupila tônica de Adie;
- Tumor e aneurisma cerebral;
- AVC;
- Cirurgias oculares;
- Uso de medicamentos e algumas substâncias ilícitas;
- Traumas e acidentes nos olhos.
O diagnóstico de anisocoria é clínico e começa com a história do paciente. Em seguida, o médico faz alguns testes para verificar tamanho e simetria das pupilas em diferentes níveis de iluminação, verifica as reações pupilares à luz e a resposta pupilar quando o paciente visualiza objetos próximos. Também faz um exame oftalmológico completo, incluindo testes para verificar a movimentação dos olhos e posição das pálpebras.
Exames que podem ser solicitados
A biomicroscopia na lâmpada de fenda é um exame usado no diagnóstico de anisocoria. Nele, é utilizado um microscópio e uma fonte de luz bastante intensa e brilhante na forma de fenda. Com ele são avaliadas as estruturas internas e externas do olho em detalhes, incluindo a estrutura da íris. Se o exame detectar alguma alteração na estrutura da íris que leve a anisocoria, pode confirmar a causa do problema.
Para ajudar no diagnóstico de anisocoria, testes com alguns colírios especiais podem ser necessários. Esses colírios ajudam principalmente na identificação de causas neurológicas e farmacológicas de anisocoria.
Como a anisocoria pode ter diferentes causas, o médico pode solicitar outros exames complementares, como:
- Exames de sangue;
- Exames de urina;
- Tomografia computadorizada;
- Ressonância magnética;
- Angiografia.
Opções de tratamento
Quando a diferença de tamanho entre as pupilas é mínima, caso da anisocoria fisiológica, não há a necessidade de tratamento porque o paciente não apresenta nenhum sintoma. Já, quando a anisocoria surge por conta de alguma doença específica, os tratamentos devem focar nas causas subjacentes.
Se a diferença entre as pupilas provocar algum sintoma visual, como fotofobia, visão embaçada e estrabismo, ou provocar desconforto estético, o oftalmologista deve indicar tratamentos que aliviam esses sintomas.
Qual profissional procurar neste caso?
O diagnóstico de anisocoria geralmente é feito por neurologistas e oftalmologistas. O médico especializado em neuro-oftalmologia, em virtude da sua formação, geralmente está mais familiarizado com as várias entidades que podem causar anisocoria. Com avaliação clínica cuidadosa e investigações apropriadas, um diagnóstico específico pode ser feito na maioria dos casos.
A neuro-oftalmologia é uma subespecialidade da oftalmologia que estuda, diagnostica e trata de problemas oculares que não têm origem nos olhos, mas sim no sistema nervoso central ou em decorrência de outras doenças, caso pode ser o caso da anisocoria.
O Dr. Roberto Battistella é oftalmologista especialista em neuro-oftalmologia. Entre em contato e agende já sua consulta com o Dr. Roberto Battistella.