Oftalmopatia de Graves: um risco para saúde ocular!
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Na oftalmopatia de Graves, a inflamação e outros eventos do sistema imunológico afetam os músculos e outros tecidos ao redor dos olhos.

A doença de Graves é uma doença autoimune que pode causar hipertireoidismo. Com a doença de Graves, o sistema imunológico ataca a glândula tireoide, fazendo com que ela produza mais hormônios tireoidianos do que o corpo necessita. Como resultado, muitas das funções do corpo aceleram.

A doença de Graves também pode afetar os olhos, levando a oftalmopatia de Graves.  

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O que é oftalmopatia de Graves?

A oftalmopatia de Graves ou doença ocular da tireoide é uma condição autoimune na qual o sistema imunológico do corpo desencadeia inflamação na cavidade ocular (também chamada de órbita), afetando os músculos que movem o olho e o tecido adiposo (gordura) atrás do olho. A doença pode fazer com que os olhos fiquem salientes para a frente (chamado de exoftalmo), as pálpebras se abram mais, acentuando o aspecto de olhos saltados (chamado de retração palpebral), visão dupla, diminuição da visão, pálpebras vermelhas e inchadas, e irritação nos olhos. Raramente, pode causar compressão no nervo óptico (o nervo que conecta o olho ao cérebro), causando perda de visão ou úlcera na córnea.

Causas e fatores de risco

Como todas as doenças autoimunes, ocorre mais comumente em pacientes com histórico familiar positivo. É mais comum em pessoas de 20 a 50 anos. A doença de Graves é mais comum em mulheres do que em homens. É precipitada, entre outras coisas, por fatores ambientais como estresse, tabagismo, infecção, exposição ao iodo e pós-parto, bem como após terapia antirretroviral altamente ativa (HAART) para HIV.

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Sintomas da oftalmopatia de Graves

A Oftalmopatia de Graves afeta os olhos de várias maneiras, incluindo as seguintes:

  • Retração palpebral, quando as pálpebras são puxadas para trás, expondo mais o olho
  • Protrusão ou abaulamento do olho para frente (proptose)
  • Inchaço das pálpebras
  • Visão turva ou distorcida
  • Olhos secos
  • Visão dupla: os músculos que movem os olhos podem inchar e formar cicatrizes. Quando isso acontece, os olhos não se movem tão bem e apontam em direções diferentes, causando desalinhamento dos olhos e visão dupla. Fechar um olho fará com que esse tipo de visão dupla desapareça.
  • Danos ao nervo óptico: se os músculos incharem muito, podem pressionar o nervo óptico, resultando em perda de visão. Esta complicação é rara (cerca de 5%) e pode ser reversível quando tratada rapidamente.

Como o diagnóstico é realizado?

A oftalmopatia de Graves é diagnosticada clinicamente pelos sinais e sintomas oculares apresentados. Testes positivos para anticorpos específicos e anormalidades nos níveis de hormônios tireoidianos ajudam no suporte ao diagnóstico.

A imagem das órbitas por tomografia computadorizada ou ressonância magnética é uma ferramenta integral para o diagnóstico da oftalmopatia de Graves e é útil no monitoramento da progressão da doença em pacientes.

Oftalmopatia de Graves e os impactos na qualidade de vida

A oftalmopatia de Graves pode ter impactos significativos na qualidade de vida dos pacientes devido aos seus sintomas e possíveis complicações. O deslocamento do globo ocular para frente (proptose) causa desconforto estético e funcional, afetando a autoestima e a interação social do paciente.

Sintomas como visão dupla, olhos secos, dor ou pressão atrás dos olhos podem interferir nas atividades diárias, como dirigir, ler e trabalhar. Em casos graves, a condição pode levar à perda visual permanente, o que pode ter um impacto significativo na independência e na qualidade de vida geral do paciente.

Tratamento para oftalmopatia de Graves

A oftalmopatia de Graves geralmente vem e vai. A inflamação da órbita pode durar de 6 meses a alguns anos (fase ativa) antes de se acalmar (fase inativa). Os efeitos nos olhos podem tornar-se permanentes, especialmente se não forem tratados. Mesmo após a resolução da inflamação, os olhos muitas vezes não retornam à aparência anterior. O tabagismo (assim como o fumo passivo) piora a gravidade e prolonga a fase ativa da doença ocular da tireoide.

O objetivo do tratamento é diminuir os sintomas e a gravidade do envolvimento orbital. Evitar fumar tabaco e retornar os níveis dos hormônios tireoidianos ao normal diminuem a gravidade do envolvimento ocular. O tratamento é mais eficaz no início da fase ativa.

Dependendo da severidade e a atividade da doença, podem ser utilizadas medidas sintomáticas (para alívio dos sintomas), corticosteroides, medicações imunossupressoras, radioterapia e cirurgia.

O tratamento geralmente envolve múltiplas especialidades médicas: oftalmologista, neuro-oftalmologista, especialista em órbita, endocrinologista, especialista em radioterapia.

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Fonte:

Academia Americana de Oftalmologia

Sociedade Norte-Americana de Neuro-Oftalmologia

Dr. Roberto Battistella