Qual é a formação do médico oftalmologista?
Oftalmologistas devem completar muitos anos de estudos e treinamento. Quem deseja atuar como médico oftalmologista deve, primeiro, cursar uma faculdade de Medicina – o curso tem a duração de seis anos. Com o diploma em mãos, é necessário fazer uma especialização ou residência médica na área de Oftalmologia em uma instituição que seja reconhecida oficialmente. Essa etapa pode ter a duração de dois a três anos. Na residência, o jovem profissional executa diversas atividades, que vão desde a realização de consultas e exames a pequenas cirurgias e procedimentos mais complexos.
Terminada a residência, alguns oftalmologistas optam por fazer uma subespecialização dentro de uma área da Oftalmologia. Assim, adquirem experiência especializada em condições oculares específicas. Este médico é chamado de subespecialista. Ele geralmente completa um ou dois anos de treinamento adicional e mais aprofundado (chamado de fellowship, que é um estágio de complementação especializada) em uma das principais áreas de subespecialidade, como Glaucoma, Retina, Córnea, Oftalmopediatria, Estrabismo, Neuro-Oftalmologia, Cirurgia Oculoplástica, Uveíte, entre outras. Esse treinamento e conhecimento adicionais preparam um oftalmologista para cuidar de condições mais complexas ou específicas em determinadas áreas do olho ou em determinados grupos de pacientes.
Quando ir ao oftalmologista?
A consulta com um oftalmologista pode ser realizada em qualquer fase da vida, sem restrição de idade, mesmo que a pessoa não apresente nenhum sintoma que indique um problema ocular.
Infância
Todos os bebês recém-nascidos devem fazer o Teste do Olhinho nas primeiras 72 horas de vida a fim de detectar qualquer alteração que cause obstrução no eixo visual, como a presença de cicatrizes na córnea, catarata, glaucoma congênito e tumores oculares. O diagnóstico precoce possibilita o tratamento no tempo certo, melhorando o prognóstico de visão. O primeiro teste é feito pelo Pediatra, que recomenda a avaliação do Oftalmologista sempre que houver qualquer alteração.
Entre 6 e 12 meses de vida, recomenda-se que a criança seja examinada por um Oftalmologista. Logo depois, entre 3 e 5 anos de idade novamente. Nesse intervalo, sempre que houver qualquer problema ocular, a criança deve ser levada ao especialista.
Nas crianças maiores, o ideal é que, caso elas não apresentem sinais ou sintomas de alterações oculares, as consultas sejam realizadas uma vez ao ano, a partir dos cinco anos de idade, para que o médico avalie a saúde dos olhos. Porém, se a criança reclama constantemente de dores de cabeça, apresenta mau desempenho escolar, sente coceira, apresenta vermelhidão ou irritação nos olhos, o médico deve ser consultado antes disso.
Adolescência
No caso dos adolescentes, a visita ao oftalmologista pode ser realizada a cada um ou dois anos. Mas, assim como acontece com as crianças, o especialista deve ser visitado sempre que o adolescente apresentar certos sinais, como dor de cabeça, lacrimejamento constante, dor ou ardência nos olhos, olhos secos ou dificuldade para enxergar.
Fase adulta
Na idade adulta, o recomendável é consultar um oftalmologista pelo menos uma vez ao ano, principalmente para quem já passou dos 40 anos. Nessa fase, inclusive, começam a surgir problemas como a vista cansada (dificuldades para enxergar de perto). Exames preventivos de rotina também ajudam a identificar doenças que podem ter início assintomático, como o glaucoma. Pessoas que têm doenças que predispõem ao aparecimento de complicações oculares, como o diabetes, podem precisar de visitas mais frequentes ao oftalmologista. Recomenda-se não ficar mais de dois anos sem realizar a consulta de rotina.
Senilidade
As consultas também devem ser anuais, pois outros problemas, além dos citados acima, podem surgir, como a catarata, uma doença que tem como principal causa o envelhecimento natural.
Independentemente da idade, se houver caso de doenças oculares na família, ou a pessoa tem alguma doença sistêmica que a torna predisposta a desenvolver complicações oculares, a consulta com um oftalmologista não deve ser negligenciada.
Principais doenças e condições oftalmológicas
Astigmatismo
O astigmatismo é um erro refrativo caracterizado pelo formato irregular da córnea, o que faz com que a pessoa tenha dificuldade para enxergar tanto de perto quanto de longe. Seus principais sintomas são cansaço dos olhos, visão embaçada, dificuldade para ler, dores de cabeça e nos olhos e maior sensibilidade à luz.
Miopia
A pessoa tem dificuldade para enxergar de longe porque o formato do seu globo ocular é mais longo do que deveria ser. Assim, são comuns sintomas como dores de cabeça e sensação de cansaço nos olhos, muitas vezes causados pela força que o indivíduo faz, franzindo os olhos para conseguir enxergar objetos que estão a uma maior distância.
Hipermetropia
A hipermetropia tem como principal característica a dificuldade de enxergar de perto, deixando a visão desfocada. Porém, a depender da quantidade de hipermetropia, a visão pode ser normal quando a pessoa olha à distância. Além dessa dificuldade de enxergar de perto, a hipermetropia pode causar dor de cabeça e sensação de peso ao redor dos olhos nos esforços visuais prolongados para perto.
Conjuntivite
A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva (membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular e o interior das pálpebras), geralmente causada por uma infecção ou alergia. Os olhos costumam ficar vermelhos e inchados, podendo haver conjuntivite em um ou ambos os olhos. A conjuntivite pode ser causada por um vírus, bactéria ou por alergias, sendo que as conjuntivites bacteriana e viral são facilmente transmitidas de pessoa para pessoa. A conjuntivite alérgica, por sua vez, não é contagiosa. Os principais sintomas são coceira, vermelhidão nos olhos, secreção, sensação de areia nos olhos, sensibilidade à luz e inchaço nas pálpebras. A conjuntivite geralmente persiste por 1 a 2 semanas. Se os sintomas durarem mais do que isso, é conveniente uma reavaliação com o oftalmologista para garantir que você não tenha um problema ocular mais sério.
Alergia ocular
Alergia é uma resposta do sistema de defesa do nosso organismo para combater um alérgeno (poeira, fumaça, pólen, ácaros, alimentos como camarão e outros frutos do mar, medicamentos, produtos de beleza, tintas, solventes, entre outras substâncias). Os sinais mais comuns de alergia ocular são vermelhidão nos olhos, coceira, lacrimejamento e inchaço nas pálpebras.
Catarata
A catarata é uma doença comum em pessoas idosas, devido ao envelhecimento natural. Ela ocorre quando há uma perda de transparência do cristalino. Seus sintomas mais comuns são embaçamento visual, visão dupla que ocorre um olho só, dificuldade para ler e dirigir e, ocasionalmente, fotofobia (sensibilidade à luz). Embora possa causar cegueira, a perda da visão causada pela catarata é reversível com cirurgia.
Estrabismo
O estrabismo é um desalinhamento entre os olhos que ocorre devido a um desequilíbrio na função dos músculos oculares, fazendo com que os dois olhos não fixem o mesmo ponto ou objeto ao mesmo tempo. O estrabismo pode ser:
- convergente (o olho afetado pode estar desviado em direção ao nariz);
- divergente (quando os olhos se desviam para os lados);
- vertical (o desvio ocular ocorre para cima ou para baixo).
Além da falta de alinhamento entre os olhos, o estrabismo pode causar:
- visão dupla;
- perda da percepção de profundidade;
- movimentos oculares não sincronizados.
Glaucoma
O glaucoma é uma doença que afeta o nervo óptico, estrutura ocular responsável por enviar impulsos nervosos ao cérebro. O aumento da pressão intraocular é o principal fator responsável por causar essa lesão. Inicialmente, o glaucoma se apresenta com uma perda da visão periférica, que vai aumentando se não diagnosticado. Se não tratado, pode levar à perda total e irreversível da visão. O glaucoma é uma das principais causas de cegueira em pessoas com mais de 60 anos. Mas, a cegueira por glaucoma muitas vezes pode ser prevenida com tratamento precoce.
Conheça a subsespecialidade de neuro-oftalmologia
Como vimos, a Oftalmologia é a especialidade que cuida dos problemas que se originam no globo ocular. A Neuro-Oftalmologia, por sua vez, é uma subespecialidade da Oftalmologia que trata os distúrbios visuais que são causados por alterações no sistema nervoso central ou por doenças sistêmicas que repercutem na visão, principalmente aquelas que afetam o nervo óptico, o controle da movimentação dos olhos e as pupilas.
Toda e qualquer alteração que ocorra nesses sistemas pode ser adequadamente tratada pelo neuro-oftalmologista.
O Dr. Roberto Battistella é médico oftalmologista especializado em Neuro-Oftalmologia. Possui qualificação e conhecimento para diagnosticar e tratar tanto as doenças oculares que se manifestam no olho quanto aquelas que causam manifestações visuais por alterações no sistema nervoso central ou doenças sistêmicas.
O Dr. Roberto Battistella é uma referência na subespecialidade de Neuro-Oftalmologia. Ele acredita na importância da investigação atenta de cada paciente, pois muitas vezes são pessoas que passaram por vários outros especialistas, mas não conseguiram esclarecimentos suficientes para sua condição visual.
Vale lembrar as palavras do Dr. Sptize em artigo publicado em 2014 no Indian Journal of Ophthalmology, intitulado “Neuro-Oftalmologia como carreira”:
"[...] O caminho para tornar-se um competente médico em exercício é uma longa e árdua jornada [...] Oftalmologia tem a ver com salvar a visão, mas a Neuro-Oftalmologia, às vezes, também tem a ver com salvar vidas [...] Não existe outra subespecialidade em Oftalmologia que dependa tanto da habilidade do oftalmologista quanto do uso da medicina geral [...] O neuro-oftalmologista é frequentemente o subespecialista a quem outros recorrem quando a etiologia do declínio visual está em questão. Em geral, eles são especialmente capazes de fornecer uma perspectiva global e abrangente a qualquer caso médico, neurológico, oftalmológico ou neurocirúrgico complexo. Um paciente de Neuro-Oftalmologia muitas vezes já viu 2, senão 3 ou mais outros especialistas quando chegam à nossa porta [...] O que torna o neuro-oftalmologista único não é apenas a base do seu conhecimento, mas o ponto de vista holístico global de integração e interação de distúrbios complexos e sistêmicos na função visual [...] Gostamos particularmente da sensação de satisfação, realização médica e diferença que podemos fazer na vida do paciente quando somos capazes de descobrir um diagnóstico que algumas vezes permaneceu obscuro por muitos anos... Aprendemos algo novo todos os dias sobre os avanços nos outros campos como medicina, cirurgia, radiologia, neurologia ou neurocirurgia. Gostamos de ser a conexão abrangente da oftalmologia com nossos colegas no mundo da medicina e de interagir diariamente com consultores em várias disciplinas [...] Essas ideias e observações têm sido nossa experiência coletiva, e estamos muito agradecidos por ter escolhido esse caminho e pela oportunidade de estudar Neuro-Oftalmologia [...]"
Agende sua consulta com o oftalmologista especializado em Neuro-Oftalmologia Dr. Roberto Battistella caso queira mais informações.