Os desvios oculares podem ser constantes e ocorrer sempre no mesmo olho (monoculares) ou ora num, ora no outro olho, alternadamente. Outra característica do estrabismo é que ele pode ser intermitente, ou seja, aparecer esporadicamente, ou latente. Neste último caso, a perda do alinhamento pode só ficar visível sob certas condições, como, por exemplo, em fotografias.
O estrabismo é influenciado por muitos fatores, que acabam fazendo com que os músculos que controlam a movimentação ocular não consigam manter os olhos alinhados.
Estrabismo convergente
Chamado de esotropia, um ou ambos os olhos ficam desviados para dentro, na direção do nariz. Por vezes, apenas um dos olhos desvia todo o tempo; outras vezes, os olhos se alternam no desvio. Em crianças, o estrabismo alternante é, do ponto de vista funcional, mais favorável, porque ambos os olhos acabam sendo estimulados a enxergar, diminuindo a chance de rebaixamento visual (ambliopia). Quando apenas um dos olhos fica sempre desviado, a chance de não desenvolver boa visão (ambliopia) é muito maior.
Estrabismo divergente
Chamado de exotropia, é quando um ou os dois olhos desviam para fora. No caso de desvios intermitentes, em crianças, ele se manifesta principalmente em momentos em que ela está irritada, cansada, sonolenta ou dispersa.
Estrabismo vertical
No estrabismo vertical, o desvio ocorre para cima ou para baixo. O olho que desvia para cima é hipertrópico e o olho que desvia para baixo é hipotrópico. Assim, o paciente vê os objetos um em cima do outro (diplopia vertical). É comum, nesses casos, a pessoa inclinar a cabeça para um dos lados para não ter visão dupla (como mecanismo para tentar compensar o desvio).
Todos os tipos de desvio, quando ocorrem em crianças antes dos 9 anos de idade, podem provocar a visão mais fraca no olho desviado (ambliopia), caso não seja realizado o tratamento precoce.
Durante o exame, o médico oftalmologista pode iluminar os olhos do paciente com uma lanterna, para avaliar se o reflexo de luz é centralizado ou não em cada uma das pupilas. Também é utilizado um teste em que os olhos são ocluídos alternadamente (teste do cover) para a confirmação do diagnóstico e para a medida do desvio.
Já os exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética do crânio e das órbitas, podem ser indicados para casos suspeitos de lesões de nervos cranianos, outras doenças neurológicas e das órbitas, bem como distúrbios endocrinológicos que afetam a movimentação ocular.
Em crianças, o objetivo principal é corrigir a ambliopia (perda da capacidade visual do olho desviado). Depois, quando a visão é corrigida, os médicos podem ou não precisar realizar uma cirurgia para alinhar os olhos.
Nos adultos, o objetivo principal é eliminar a diplopia, pelo menos nas principais posições do olhar.
As medidas terapêuticas mais comuns para tratar o estrabismo incluem:
Depende do caso. Há desde pessoas com estrabismo que enxergam bem com os dois olhos separadamente até aquelas que não enxergam com o olho que desvia (isso acontece, geralmente, quando o estrabismo ocorre na infância e causa ambliopia). Nos desvios intermitentes, ou seja, que não aparecem o tempo todo, a pessoa pode até mesmo enxergar normalmente com ambos os olhos.
Já quando o problema surge na idade adulta, o estrabismo em si não leva à perda da visão no olho desviado, mas causa sensação de visão dupla.
Na criança, principalmente, é fundamental que seja diagnosticado e tratado precocemente, para garantir maiores chances de cura e uma melhor condição visual.
No adulto, a correção do estrabismo pode ter finalidades estéticas ou servir para eliminar, de fato, o desvio e a visão dupla.
Em qualquer situação, se a causa for uma doença oftalmológica, neurológica, reumática ou endocrinológica, o tratamento da doença de base também precisará ser feito.
O médico especialista em neuro-oftalmologia conhece em detalhes tanto as doenças oftalmológicas que têm origem nos olhos quanto aquelas que são causadas por alterações no sistema nervoso ou outras doenças gerais do organismo. Portanto, ele tem capacidade de realizar um diagnóstico preciso quando há suspeita de estrabismo, para que o paciente possa ser encaminhado para o tratamento adequado o mais rapidamente possível.
O neuro-oftalmologista está capacitado para avaliar pacientes do ponto de vista neurológico e oftalmológico, assim como para diagnosticar e tratar uma série de condições médicas. Muitas vezes, o primeiro sinal de uma doença neurológica ou sistêmica pode ser o aparecimento súbito de alguns dos tipos de estrabismo, o que exige investigação especializada.
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