Conheça os diferentes tipos dessa doença que é uma das principais causas de cegueira no mundo
O glaucoma é uma doença ocular causada principalmente pela elevação da pressão intraocular, o que provoca lesões no nervo óptico. A pressão aumenta quando ocorre um acúmulo do chamado humor aquoso, um fluido que irriga o interior dos olhos.
Em condições normais, esse líquido é produzido pelo corpo ciliar, atrás da íris, e flui pela pupila para a frente do olho, onde sai por canais de drenagem localizados entre a íris e a córnea. O equilíbrio entre a produção do líquido e a sua drenagem evita que a pressão ocular aumente.
Nos estágios iniciais do glaucoma, o paciente vai percebendo uma perda da visão periférica. Depois, o campo visual vai se tornando cada vez mais constrito, até se fechar completamente, levando à perda total da visão, de maneira irreversível, caso o glaucoma não seja tratado.
A doença tem como principais fatores de risco:
- Pessoas negras têm maior propensão a desenvolver pressão alta nos olhos;
- Pessoas com mais de 40 anos;
- Diabetes;
- Histórico familiar de glaucoma;
- Pacientes com grau elevado de miopia (no glaucoma de ângulo aberto) ou hipermetropia (no glaucoma de ângulo fechado);
- Uso constante de alguns tipos de medicamentos, como corticoides.
Agende uma consulta com o dr. roberto battistella!
Tipos de glaucoma
Os principais tipos de glaucoma são: de ângulo fechado, de ângulo aberto, congênito e secundário. Veja quais são as características, causas e sintomas de cada um deles.
Glaucoma de ângulo fechado (agudo)
Ocorre quando há um aumento súbito da pressão intraocular. É uma situação de emergência médica e, por isso, é preciso ficar atento aos sintomas. Os mais comuns são: dor grave e súbita em um olho, visão diminuída ou embaçada, visão de halos, vermelhidão nos olhos, náusea e vômito.
Glaucoma de ângulo aberto (crônico)
O glaucoma de ângulo aberto, ou glaucoma crônico, é o tipo mais comum da doença – representa cerca de 80% dos casos. Afeta pessoas com idade acima de 40 anos e não apresenta sintomas no início da doença. Tem como causa principal uma alteração anatômica na região do ângulo da câmara anterior do olho, que impede a saída do humor aquoso e aumenta a pressão intraocular.
Glaucoma congênito
Esta é uma forma rara de glaucoma que atinge os recém-nascidos. Neste tipo da doença, ela ou se desenvolve logo após o nascimento ou quando a criança já nasce com alterações no olho provocadas por hipertensão intraocular que ocorreu durante a gestação.
Os sinais deste tipo de glaucoma surgem ao nascimento ou no primeiro ano de vida e incluem: globo ocular aumentado; córnea com tom branco-azulada, dando a impressão de que uma membrana está cobrindo o olho; vermelhidão nos olhos, fotofobia (sensibilidade à luz) e lacrimejamento constante.
Glaucoma secundário
É decorrente de doenças como diabetes, uveítes, catarata, do uso de medicamentos — como corticoides — ou de traumas.
Entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Roberto Battistella!
Como é realizado o diagnóstico?
Inicialmente, o diagnóstico do glaucoma é suspeitado por meio de um exame oftalmológico que visualiza repercussões específicas da doença no nervo óptico no fundo do olho e também pela medição da pressão intraocular. Essa medição é realizada com um instrumento chamado tonômetro.
O procedimento é indolor, mas seus resultados não podem ser vistos como definitivos para a presença de glaucoma, porque nem sempre a doença se apresenta com pressão intraocular elevada, ou ela pode estar alterada por outros motivos que não sejam a presença da doença ocular.
O oftalmologista também pode realizar outros exames para obter um diagnóstico mais preciso, que incluem:
- Biomicroscopia de fundo;
- Campimetria computadorizada;
- Tomografia de coerência óptica, para procurar alterações no nervo óptico que indiquem lesão causada pelo glaucoma;
- Retinografia e estereofoto de papila;
- Gonioscopia, que permite que o médico determine o tipo de glaucoma;
- Paquimetria, um exame que mede a espessura das córneas. Se forem finas, podem indicar maior probabilidade de desenvolvimento de No entanto, isso não significa a existência da doença.
Como é o tratamento do glaucoma?
O glaucoma é uma doença que, na maior parte das vezes, não tem cura, mas é importante que seja tratada para evitar a perda da visão. Quando diagnosticado, o tratamento principal é feito à base de colírios que diminuem a pressão intraocular, auxiliando a melhorar a drenagem do humor aquoso e a reduzir sua produção.
Também podem ser indicadas medicações de uso oral para reduzir a pressão intraocular. Nos casos emergenciais, podem ser administrados medicamentos por via intravenosa. Além do uso de medicamentos, o paciente pode receber a indicação de cirurgia ou de um tratamento realizado com laser.
Um tratamento inadequado ou a falta de tratamento podem levar à cegueira.
Neuro-oftalmologista para glaucoma
Muitas doenças neurológicas podem se confundir com o glaucoma, podendo causar alterações no nervo óptico, no campo visual e no exame de OCT que imitam o glaucoma. Às vezes, também, portadores de glaucoma podem adicionalmente desenvolver doença neuro-oftalmológica que agrava a sua condição visual, mas que gera a impressão de ser apenas uma piora pelo glaucoma.
A diferenciação entre doença do nervo óptico glaucomatosa e não glaucomatosa do nervo óptico pode ser desafiadora. O oftalmologista especialista em neuro-oftalmologia diagnostica e trata os aspectos neurológicos da visão, ou seja, problemas que não se originam no próprio olho, mas no sistema nervoso. Ele tem capacidade para investigar, diagnosticar e tratar os problemas neurológicos que imitam o glaucoma.
A neuro-oftalmologia é uma área vasta e de grande complexidade, que não somente está voltada à preservação da visão, mas também pode salvar vidas, pois doenças neuro-oftalmológicas podem ser, às vezes, a primeira manifestação de doenças graves que oferecem risco de vida.
Se você tem glaucoma e precisa de uma avaliação especializada em neuro-oftalmologia, agende uma consulta com o Dr. Roberto Battistella.
Fontes: