Existem tratamentos para miastenia gravis?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

A depender do perfil de saúde e dos sintomas de cada paciente, o manejo terapêutico da miastenia gravis pode ser bastante variável

A miastenia gravis (MG) é uma condição neuromuscular de origem autoimune pode afetar pessoas de qualquer sexo ou idade, mas que é mais comum em mulheres com menos de 40 anos e em homens com mais de 60 anos. Essa condição é causada pela produção de anticorpos contra os receptores de acetilcolina, um neurotransmissor que é liberado pelos neurônios e recebido na placa muscular para estimular a ação do músculo.

Assim, pessoas com esse diagnóstico enfrentam um quadro de fraqueza muscular e fadiga que pioram com o movimento, pois a musculatura não consegue captar todos os neurotransmissores devido ao comprometimento dos seus receptores. Porém, embora seja uma condição sem cura definitiva, existem tratamentos para miastenia gravis que ajudam a melhorar os sintomas e a qualidade de vida dos pacientes.

Principais sintomas da miastenia gravis

Além da fadiga e do cansaço aos movimentos, os principais sintomas da miastenia gravis incluem:

  • Visão dupla;
  • Ptose (queda) das pálpebras;
  • Dificuldade para engolir e falar;
  • Dificuldade de movimentar os membros;
  • Dificuldade respiratória.

Ou seja, os sintomas da MG variam de acordo com o grupo muscular afetado.

Diagnóstico da Miastenia Gravis

A investigação diagnóstica dessa condição pode incluir:

  • Análise da história clínica;
  • Exame físico neurológico e oftalmológico;
  • Avaliação laboratorial com dosagem de anticorpos contra o receptor de acetilcolina (anti-AChR);
  • Eletroneuromiografia para avaliar o estímulo nervoso nos grupos musculares;
  • Testes endocrinológicos para investigar associação com doença da tireoide e diabetes;
  • Tomografia de tórax para avaliar o timo, glândula que atua no sistema imunológico.

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A miastenia gravis tem cura?

Essa é uma condição para a qual não tem cura. Porém, existem diversos tratamentos para miastenia gravis que ajudam a controlar a resposta imunológica causadora da condição, promovendo uma melhora significativa nos sintomas da doença e na qualidade de vida do paciente.

Existem tratamentos para Miastenia Gravis?

Sim, existem várias opções de tratamentos para miastenia gravis e a escolha pela melhor terapia depende do perfil do paciente, seu estado de saúde, idade e comprometimento muscular.

Assim, pacientes com quadro menos intenso podem ser tratados apenas com medicamentos sintomáticos, como a piridostigmina, que aumenta a quantidade de acetilcolina liberada. Porém, é comum associar outro medicamento que ajude também a reduzir a quantidade de anticorpos circulantes, como corticoides que podem ser associados ou não a imunossupressores para reduzir os efeitos colaterais.

Outras opções de tratamentos para miastenia gravis podem ser necessárias em condições especiais, como a administração de imunoglobulina por via intravenosa para neutralizar os anticorpos e sua ação, ou plasmaférese, uma terapia de “filtração” do plasma sanguíneo para eliminar os anticorpos.

Por fim, alguns pacientes desenvolvem a doença em associação com um timoma, tumor que acomete o timo, uma glândula do sistema imunológico localizada na região torácica. Nesses casos, o tratamento pode envolver a timectomia, ou seja, remoção cirúrgica do timo.

Onde tratar?

A miastenia na sua forma sistêmica generalizada é mais frequentemente identificada e tratada por neurologistas. A forma ocular pura também pode ser investigada e tratada por neuro-oftalmologistas.

Neuro-oftalmologistas, em virtude da sua formação e experiência, estão mais familiarizados com sintomas de diplopia e ptose palpebral e outras formas de estrabismo que podem estar associados a miastenia gravis. Por esta razão, muitas vezes são os primeiros a fazer o diagnóstico de miastenia quando a doença se apresenta com manifestações oculares.

O Dr. Roberto Battistella é médico oftalmologista especializado em neuro-oftalmologia.

 

Fontes:

Ministério da Saúde

Revista Brasileira de Anestesiologia

Conitec

Miastenia.com.br

Dr. Roberto Battistella