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Ptose palpebral (pálpebra caída)

Ptose palpebral (pálpebra caída)
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Além da idade, a queda das pálpebras pode estar relacionada a diversas condições de saúde. Saiba mais sobre esse problema

A ptose palpebral é o termo médico que indica uma queda da pálpebra superior. Além da questão estética, a ptose palpebral pode prejudicar a visão, quando a queda é muito acentuada. Essa condição pode afetar os dois olhos ou apenas um deles.

Mas o que são exatamente as pálpebras? São estruturas que recobrem os olhos e que promovem o ato de piscar. Elas são compostas principalmente por músculos e pele e têm como uma de suas principais funções a proteção dos olhos. Os músculos palpebrais dos dois olhos agem de maneira sincronizada e são fundamentais para a expressão das emoções. Quando ocorre a ptose palpebral, temos uma desarmonia facial, com maior impressão de cansaço.

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Sintomas da pálpebra caída

Além da evidente queda da pálpebra, a ptose palpebral pode apresentar outros sinais e sintomas, como:

  • Sensação de peso sobre os olhos;
  • Vista cansada;
  • Sombra no campo visual superior;
  • Baixa capacidade visual;
  • A distância entre a pálpebra de cima e a de baixo pode ficar menor, gerando uma falsa impressão de que o olho está menor (enoftalmo);
  • Arqueamento da sobrancelha e contração frontal na tentativa de abrir mais o olho.

Ptose palpebral: conheça os 2 tipos

A ptose palpebral pode ser congênita, ou seja, a pessoa nasce com essa condição, ou pode ser adquirida depois de adulto.

Ptose congênita

Nesse tipo de ptose palpebral, em que a pessoa nasce com o problema, já é possível notar no bebê a queda da pálpebra, que é causada, na maioria dos casos, por malformação ou por uma alteração neurológica (como a paralisia congênita do terceiro nervo craniano).

Quando o bebê inclina muito a cabeça para trás, para conseguir enxergar coisas que estão abaixo do seu nível de visão, pode ser um sinal de ptose palpebral. É importante procurar atendimento o mais breve possível nesse caso, pois a consequência ptose congênita não tratada pode ser uma ambliopia por privação visual, chamada popularmente de olho preguiçoso (baixa acuidade visual), uma vez que a pálpebra pode cobrir o eixo visual e o olho acometido não é adequadamente estimulado.

Ptose adquirida

A ptose adquirida pode se manifestar em decorrência de algumas condições neurológicas e não neurológicas. Entre as condições neurológicas, estão a miastenia gravis, a lesão do nervo oculomotor, a síndrome de Horner e a oftalmoplegia crônica externa progressiva. Já entre as condições não neurológicas, estão o trauma, as ptoses mecânicas e a ptose senil.

Miastenia gravis

É uma doença autoimune em que o sistema imunológico do indivíduo danifica seus próprios receptores localizados entre o nervo e o músculo (local chamado de junção neuro-muscular), levando à fraqueza muscular. Pode resultar em queda da pálpebra, condição chamada de ptose, e visão dupla por estrabismo.

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Síndrome de Horner

A síndrome de Horner se caracteriza por uma queda discreta da pálpebra – chamada ptose –, e pupila de tamanho menor no mesmo olho. Essa condição pode estar relacionada a diversos fatores, como AVC, esclerose múltipla, neuroblastoma, cefaleia em salvas, cirurgias, traumas e tumores na cabeça, pescoço e tórax, entre outros. Além da queda da pálpebra, a síndrome de Horner, quando é aguda, pode apresentar sinais, como olhos avermelhados e lacrimejamento. Síndrome de Horner aguda associada com dor requer atendimento médico em caráter de urgência.

Paralisia do nervo oculomotor (3º nervo craniano)

O nervo oculomotor é responsável por comandar alguns músculos que realizam a movimentação dos olhos e a elevação da pálpebra superior, além de carregar junto dele fibras que inervam o músculo esfíncter da pupila (responsável pela contração da pupila). Tumores, aneurismas e inflamações, entre outras causas, podem causar lesões do nervo oculomotor. Além da ptose, a disfunção do nervo oculomotor costuma deixar a pupila dilatada e o olho estrábico (desviado para fora).

Oftalmoplegia externa progressiva crônica

A oftalmoplegia externa progressiva crônica é um distúrbio caracterizado pela paralisia lentamente progressiva dos músculos extraoculares. Os pacientes geralmente se apresentam com ptose palpebral superior bilateral progressiva, simétrica, que é seguida meses ou anos depois por paralisia dos músculos extraoculares.

Ptose adquirida não neurológica

Traumatismos oculares podem causar lesões diretas nas pálpebras e levar à ptose palpebral. Por vezes, fraturas de ossos orbitais podem fazer com que o olho seja deslocado mais para dentro da órbita, fazendo com que a pálpebra perca sua sustentação e sofra ptose. Tumores e processos inflamatórios palpebrais muitas vezes fazem com que a pálpebra seja mecanicamente deslocada para baixo, causando ptose. A senilidade pode levar a alterações nos músculos e tendões das pálpebras e provocar a ptose senil.

Quais as causas da ptose palpebral?

A ptose palpebral ocorre quando os músculos responsáveis por manter as pálpebras elevadas não funcionam adequadamente para fazê-lo. Podem ter causas neurológicas e não neurológicas, conforme explicado anteriormente.

Como é diagnosticada a ptose palpebral?

O diagnóstico é feito por um médico oftalmologista por meio de um exame oftalmológico completo, no qual são avaliados:

  • Acuidade visual;
  • Posição das sobrancelhas e características das pálpebras;
  • Função das pálpebras, medida de fenda palpebral, função do músculo levantador da pálpebra superior, entre outras;
  • Movimentação dos olhos;
  • Função e tamanho das pupilas;
  • Exame das órbitas.

As causas neurológicas de ptose precisam de exames mais específicos para sua investigação, como a ressonância magnética, a tomografia computadorizada, a eletroneuromiografia, e exames de sangue.

Tratamentos para a ptose palpebral

O tratamento da ptose depende da sua causa. No caso da miastenia, seu tratamento é clínico. Na paralisia do terceiro nervo, dependendo da origem do problema, da gravidade e tempo de duração, o tratamento da causa da paralisia pode ser acompanhado de melhora. Tratamentos cirúrgicos podem ser realizados nos demais casos e são sempre planejados de acordo com a origem da ptose.

Neuro-oftalmologista para ptose palpebral

A ptose palpebral é uma condição que tem entre suas causas problemas neurológicos, o que exige um cuidado adequado no diagnóstico e tratamento. O oftalmologista especialista em neuro-oftalmologia é um profissional adequado e capacitado para avaliar com precisão as possíveis causas da queda das pálpebras, solicitar os exames necessários para sua investigação, que são fundamentais para identificar as causas da ptose, e indicar o melhor tratamento.

Se você tem ptose palpebral e precisa de uma avaliação especializada em neuro-oftalmologia, agende uma consulta com o Dr. Roberto Battistella.

Fontes:

Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular

Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica

Academia Americana de Oftalmologia

Dr. Roberto Battistella