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Exame de Campimetria (Campo Visual)

Exame de Campimetria (Campo Visual)
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Saiba quando este exame é indicado e como é realizado

O exame de campimetria, também chamado de exame de campo visual, é um procedimento indicado para o diagnóstico de doenças que provocam alterações no campo da visão, que é todo o espaço de visão percebido pelo olho. Ele ajuda a identificar, quantificar e desenhar os estímulos da visão periférica e central da pessoa.

O campo visual é toda a área que é visível com os olhos fixados em determinado ponto. Ou seja, é a área que o paciente consegue visualizar para a frente (visão central), para os lados (direita e esquerda) e para cima e para baixo.

Uma visão perfeita consegue enxergar em um ângulo de 60º em direção ao nariz, 100º em direção ao ouvido, 60º acima dos olhos e 70º abaixo dos olhos. Quando, por algum motivo, ocorre uma redução de um desses limites, o paciente pode ter sua movimentação e noção espacial prejudicadas. Outros defeitos ainda podem comprometer a parte central, aquela que fica mais perto do ponto de fixação (a região mais ao meio da visão).

Isso significa que o indivíduo pode ter grande dificuldade ao dirigir, atravessar a rua, caminhar em ambientes pouco familiares, ler e assistir à TV, entre outras atividades da vida diária.

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Quais os tipos de campimetria?

O exame de campimetria (campo de visão) pode ser realizado de duas maneiras:

  1. Campimetria computadorizada: o exame é feito utilizando-se de equipamentos computadorizados automatizados. Todo o exame segue uma programação, e seus resultados são comparados com um banco de dados do aparelho que pode indicar se o exame está ou não dentro de um padrão de normalidade. Cada olho é testado separadamente, e os programas mais usados são aqueles que medem uma área equivalente a até 30 graus do campo visual. Atualmente, é o exame mais usado para medir o campo de visão.
  2. Campimetria manual: o exame também estuda o campo visual, só que neste caso ele é realizado sob os comandos de um profissional treinado para a sua realização. Neste exame, cada um dos olhos também é testado separadamente, mas, em circunstâncias especiais, este equipamento permite testar ambos os olhos ao mesmo tempo. A campimetria manual consegue medir toda a área do campo de visão de cada olho e não se restringe apenas à parte mais central. É muito usado para a avaliação da visão periférica, encontrando ainda muita utilidade em neuro-oftalmologia.

Para que serve o exame de campo visual?

O exame de campimetria visual tem a finalidade de detectar e acompanhar a evolução dos defeitos no campo de visão que surgem em decorrência de doenças oftalmológicas e neurológicas. Algumas alterações, tanto centrais quanto periféricas, às vezes, podem ser identificadas mesmo que não provoquem sintomas no paciente.

Conheça as principais doenças que podem ser detectadas a partir do exame de campimetria:

  • Glaucoma (é a principal indicação do exame de campimetria para diagnóstico e acompanhamento da evolução da doença, que se associa com o aumento da pressão intraocular);
  • Doenças da retina;
  • Problemas no nervo óptico, como papiledema, neurite óptica e neuropatia óptica isquêmica, entre outras;
  • Problemas neurológicos, como tumores e acidente vascular cerebral, que afetam áreas da visão dentro do cérebro.

De modo geral, todo paciente que se queixa de alguma perda da visão ou no seu campo de visão, ou onde se suspeita de perda de partes do campo visual (mesmo sem queixas específicas), pode precisar realizar o exame.

O exame de campimetria também pode ser indicado nos casos em que o paciente é diagnosticado com algumas doenças, como esclerose múltipla e tumores da glândula hipófise, ou faz uso de medicações potencialmente tóxicas ao sistema visual, como a cloroquina.

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Como o exame é realizado?

O exame de campimetria computadorizada é realizado com um equipamento chamado campímetro. O paciente deve se sentar em frente ao equipamento e colocar o queixo e a testa nas posições indicadas pelo médico. Cada olho é testado separadamente.

Em seguida, ele deve focar a visão de apenas um dos olhos em um sinal luminoso presente no fundo de uma tela curva. Enquanto isso, o aparelho dispara pontos pequenos de luz, estáticos, com diferentes intensidades e em locais distintos. Sempre que perceber esses pontos, o paciente deve indicar ao médico, apertando um dispositivo sonoro que fica na sua mão.

Com base nessas respostas, o aparelho mede ponto a ponto a sensibilidade das várias partes do campo de visão testadas no exame e gera gráficos específicos. O software do aparelho também é capaz de analisar a confiabilidade das respostas, indicando, ao final, se o exame pode ou não ser considerado confiável.

Na versão manual desse exame, os diferentes estímulos de luz são apresentados em movimento pelo examinador (é a perimetria cinética). O paciente também sinaliza quando percebe os estímulos de luz e o examinador vai marcando a posição de cada resposta. Ao final, o exame também gera um gráfico, que é diferente do exame computadorizado e que, posteriormente, será interpretado pelo oftalmologista.

A depender da estratégia empregada no exame, a campimetria dura, em média, de 5 a 10 minutos em cada olho. E, embora seja um exame simples, não invasivo e indolor, pode ser um pouco cansativo, pois requer atenção e colaboração por parte do paciente. Algumas vezes, o exame pode precisar ser interrompido para que o paciente possa descansar e ser reorientado.

Cuidados antes e depois do exame de campimetria

É importante que, no dia do exame, o paciente esteja descansado, pois a campimetria exige disposição e, mais do que isso, colaboração.

Uma recomendação importante é levar a receita dos óculos mais recentes. Para pacientes com grau muito alto, pode ser necessário fazer o exame com o uso de lentes de contato.

Em relação ao exame, não é necessário anestesia, dilatar a pupila, jejum ou adotar uma dieta especial no dia anterior. Dessa forma, não é preciso que o paciente vá acompanhado.

Alguns dias antes de realizar esse exame, pacientes em tratamento de glaucoma precisam pedir orientação ao médico para averiguar se é necessário ou não suspender o uso da medicação usada no controle da doença.

Após o exame, não é necessário adotar nenhum cuidado em especial.

Neuro-oftalmologista para a realização da campimetria

A neuro-oftalmologia é uma especialidade da oftalmologia dedicada ao estudo, diagnóstico e tratamento das desordens que podem afetar as partes do cérebro relacionadas à visão. Ou seja, seus pacientes são aqueles que apresentam distúrbios visuais devido a problemas neurológicos.

A realização de um exame de campimetria é um importante apoio no diagnóstico de problemas oculares que estejam relacionados a essas condições. Determinadas doenças neuro-oftalmológicas produzem alguns tipos de defeitos no campo visual que tornam suas presenças muito sugestivas, auxiliando nos seus diagnósticos. Só com um diagnóstico preciso é possível estabelecer o tratamento adequado ao paciente, com o intuito de que ele recupere sua visão e qualidade de vida.

Ao realizar esse exame, o especialista em neuro-oftalmologia consegue avaliar o padrão da perda do campo visual, o grau dessa perda e a possível localização do problema.

Se você tem algum problema no seu campo de visão ou apresentou alguma alteração no exame de campimetria e precisa de uma avaliação especializada em neuro-oftalmologia, agende uma consulta com o Dr. Roberto Battistella.

Fontes:

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Universidade de São Paulo

Science Direct

Dr. Roberto Battistella